Mulheres de Pedigree

segunda-feira, maio 29, 2017


Ai as Mulheres….

“Raça” complicada essa, não é?

Do pouco que vivi nos meus já longos vinte e quatro anos, não conheci espécie nenhuma no mundo capaz de tanto em tão simples gestos.

As mulheres são magia. Somos magia.

Somos a parte bonita, arranjada e “ajeitada” da sociedade, e tornamo-nos facilmente o colorir dos dias chuvosos, mesmo que estejamos vestidas com aquele pijama de flanela estampado de ursinhos e cometas- sim, aquele que todas nós temos no fundo do armário.

Somos a loucura do mundo.

 Sim, somos loucas, mas é também loucamente admirável o que conseguimos todos os dias, apenas, por vezes, por existirmos.

E isto não é ser feminista- É ser mulher.

Proliferamos horas quando necessário e parece que temos o dom do “milagre da multiplicação” no que toca a paciência e dedicação para com os “nossos”. Aqueles a quem damos tudo, por quem correríamos o mundo, e pelo qual aceitamos que o telemóvel nos desperte noites e noites seguidas, só pela satisfação de os sabermos bem, estão a ver, não estão?

Por norma na área profissional, tomam-nos como pouco capazes. No trânsito todos os dias temos de ouvir comentários do género: “É mulher de certeza, para estar a fazer tanto disparate”. No parlamento quando “alguma” resolve falar mais alto, é levada em tom de gozo e é facilmente descreditada. E Na rua acham coerente mandarem-nos piropos tão parolos que nem para anedota serviriam, e ainda há quem ouse culpabilizar-nos pelo comportamento limitado desses “Homo Erectus” falantes.

Gabo-nos a paciência.

Gabo-nos o pequeno “furacão” que transportamos e que nos ajuda a sermos “mais” e “melhor” constantemente.

Ser mulher não é fácil. É quase um estado automático de um “vamos à obra” num mundo másculo e sem qualquer sentido de pertinência. Mas é também um eterno estado de graça.

Somos a melodia dos dias. A música para os ouvidos, a palavra certa e por norma o maior carinho dos que precisam de nós.

É o por vezes estarmos destruídas ao fim de um dia de trabalho, intercalado com constantes contratempos, e acabarmos a noite aptas a perguntar “Rosé, ou Branco?”, ainda com os saltos calçados e a maquilhagem no ponto.

Somos romance, somos curvas, somos a arte do bem receber. Entre o corpo, o ser, e a alma, tornamos o nosso coração na casa mais calorosa que podemos.

Somos dezanove horas despertas de emoção e cinco horas de sono corrido, para novos dias de paixão, luta e glórias sucessivas.


Somos do Caraças, e o melhor de tudo é que somos reais.




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