Dia da mãe para quem não a tem
domingo, abril 10, 2016
Bem, de há uns dias para cá que se lê "Dia da Mãe" por todo
o lado.
Antes de tudo, o meu Dia da Mãe são todos os dias. Todos
os momentos, está em todas as caras e em cada virar de uma nova esquina.
Cruzo ruas, apanho transportes e lá está ela, com toda a sua
vitalidade, a sua voz, a sua energia e boa disposição e é assim que todos são dias dela.
Em todos os momentos a vejo, em mim a revejo e há tantas vezes que a procuro nos gestos que teria.
Cada ação minha é feita com base nas palavras que ela me
diria. Nas tantas lições que me deixou, na enorme senhora que sempre foi ao
longo de toda a nossa vida. Sim nossa, porque enquanto eu viver ela irá sempre
cá estar.
Mas sabem, em tom de desabafo, começa a custar ouvir “no dia
da mãe” isto e aquilo.
Sim é certo que a sociedade criou um Dia da mãe, Dia do Pai e do Espirito Santo para alimentar este consumismo exacerbado que não tem limites, mas quando não se vê, doí, sabiam? E eu não preciso necessariamente de encontrar a minha mãe tanto nas montras dos supermercados, em embalagens de chocolates gigantes, como em livros com frases inspiracionais de lana-caprina "ideais para ela".
Sim é certo que a sociedade criou um Dia da mãe, Dia do Pai e do Espirito Santo para alimentar este consumismo exacerbado que não tem limites, mas quando não se vê, doí, sabiam? E eu não preciso necessariamente de encontrar a minha mãe tanto nas montras dos supermercados, em embalagens de chocolates gigantes, como em livros com frases inspiracionais de lana-caprina "ideais para ela".
Eu terei sempre mãe, terei sempre a melhor. Terei sempre a que
lutou pela vida até depois do corpo se encontrar morto. Terei sempre a minha
inspiração e motivação e será sempre ela a pessoa mais importante da minha
vida, mesmo que já não se encontre neste mundo.
Mas custa, custa tanto saber que o dia 1 de maio será por mim
recordado como o dia em que o outro telefone não vai atender.
O dia onde não posso
apanhar seja qual for o transporte para chegar perto dela e que só com o tempo a
poderei (re)encontrar.
Estou serena, claro, acredito vivamente que está num sítio
bem melhor que este.
Um lugar onde não criam “dias” que nos lembram o dia que
mais queremos esquecer.
Onde as horas se confundem pela paz em que se vive. E sobretudo onde ninguém
perde ninguém com a força que a natureza tentou que eu a perdesse.
Sim, tentou, porque a mim ninguém me tira o bem mais precioso que tenho, a minha
inspiração, aquela que transporto todos os dias comigo, em alma e com o coração.
Não me façam é recordar forçosamente que ainda vou levar algum tempo
para nos voltarmos a cruzar.
Mas eu sei, eu sei tão bem, que quando nos encontrarmos por ai, irei vê-la tão bonita e feliz e ai sim...
Conseguirei dar-lhe todos os beijinhos em atraso, de todos os dias da mãe que se irão ainda passar.
Conseguirei dar-lhe todos os beijinhos em atraso, de todos os dias da mãe que se irão ainda passar.
1 comentários
Love you
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