Constituição perfeita do Ser.

domingo, setembro 17, 2017


Não sei de há quanto tempo é que é esta mania que temos de atingir a “perfeição”. Mas o que é isso afinal?

Imagino que com as redes sociais este nosso desejo de alcançar o “ponto ideal de satisfação” se tenha intensificado. Os nossos olhos chegam agora mais perto dessas “musas” cujas medidas parecem encomendadas dos reinos de Deus, e diariamente lidamos com pessoas cada vez mais bonitas e (aparentemente) com os centímetros que qualquer uma gostaria de ter.

Mas para quê? Para quem? Com que fundamento?

É natural que todas nós gostemos de nos sentir bem; Bonitas, elegantes e desejadas- hipócrita será quem diga que não se interessa por isso- No entanto não é tudo, aliás, é tão pouco…

Todas utilizamos “truques” para esconder aquela "gordurinha” que ficou do almoço mal digerido, e não somos todo o ano bonitas, sexys e bronzeadas. 
Somos humanas. E somos lindas exatamente por sermos todas tão diferentes, e ainda assim com tantas coisas que nos igualam.

 A vida é mais do que ter a "barriguinha" da Sara Sampaio e o "rabiosque" da Rita Pereira, e até elas, com certeza, terão as suas inseguranças.

Conheço mulheres incríveis com 45kg, e outras igualmente esbeltas de 75kg. A nossa beleza está no nosso estado de espírito. No sol que transportamos, na nossa garra e na coragem de viver que nos caracteriza.

Somos bonitas pelo nosso lado secreto e intimista. Pelo romantismo, pelo cheiro feminino e o sorriso tímido e apaixonado. É assim que o mundo nos vê. É assim que o mundo tem de nos ver.
A imagem vem de “dentro” para “fora”, e a alma brilha (muito) mais do que qualquer par de curvas desenhadas a regra, esquadro e compasso.

Atenção, é importante esta progressão. É extremamente necessário este cuidado com o corpo, com uma alimentação equilibrada, com a prática de desporto e com um cuidado com o nosso organismo, mas não pode, nem deve, ser uma obsessão.

Claro que me irrita fazer exercício físico com regularidade e ouvir “tu realmente tens bons genes”, é quase como arranjar um emprego novo e me dizerem “sempre tiveste sorte”. Não, não é sorte, é esforço, e é fulcral que valorizemos o nosso empenho em tudo aquilo que fazemos. Mas por nós, para nós.

Adorem-se pelo que são. Pelo que dão aqueles que vos rodeiam. Adorem-se por fazerem felizes alguém, e no dia que quiserem estar melhores, sejam melhores, sejam o vosso primeiro e o vosso último amor- sejam a construção da vossa auto estima e amor-próprio.

O esforço vai sempre dar-vos como resultado uma alma mais bonita aos olhos de cada um.

Amem-se. Irá haver (de certeza) alguém no mundo pronto para o fazer tão bem quanto vocês.





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