Em consulta de um conceituado jornal diário, deparo-me com
uma noticia que no seu desenrolar dizia que um famoso advogado californiano
quer “matar com um tiro na cabeça todos aqueles que se declararem como
homossexuais, retirar-lhes todos os direitos enquanto cidadãos e ainda punir
com penas de prisão e bem pesarosas multas, os defensores destes”.
Me desculpem os mais sensíveis... Mas, que nojo!
Matar uma pessoa, por amor, matar uma pessoa por amar?
Um homossexual é só uma pessoa que ama e vive disposto a enfrentar
uma sociedade inteira se necessário por esse mesmo amor. Quem me dera enquanto
heterossexual que por acaso sou, algum dia ter um alguém que me ame e esteja
disposto a enfrentar tudo e todos, mesmo que todos os olhos e bocas estejam
apontados a nós.
Quem me dera conseguir um amor, uma vez que seja na vida que
me beije pela ternura de o fazer, sem pensar em tudo o que consequentemente
isso lhe trará. Os homossexuais são pessoas, não são diferentes. Nasceram foi
com um coração maior e mais forte para conseguir vingar na vida, lutar pelo que
realmente anseiam, pelo que os atrai. Não têm medo do carnal, ainda que ele
seja condenável aos olhos de tantos.
Sou completamente contra o cliché dos “gays serem os
melhores amigos das mulheres”, eles são apenas eles mesmos.Tiveram uma educação
comum, mas se gostássemos todos do amarelo, o que seria do cor-de-rosa?
Há apenas uma coisa que os distingue de todos os outros - estão calejados.
Não se importam de que se riam deles, porque já aprenderam a
lidar com isso. São geniais ao ponto de a essas "risotas" e palavras desagradáveis responderem com um punho de dedicação e força. Calam-nos a todos nós com um
amor que não tem medo, porque essa barreira para eles nem existe.
Há maior chapada de luva branca que essa?
Sim, conquistam uma enorme legião de fãs femininas, porque
tudo o que queremos é um homem que goste de nós e nos saiba tratar como eles o
fazem - sem qualquer medo das consequências dos seus atos. Verdadeiros, seguros
de si, frontais e sobretudo amigos. Porque com tanto que se riram deles, ensinaram-nos
a rirmos com eles.
A doença não está nestas pessoas pelas escolhas tão
corajosas que fizeram, está em nós por não conseguirmos pensar “fora da caixa”.
Porque o amor da minha vida é aquele que me ama, sem medo de
me amar, e é nisso que consiste o mundo homossexual.
E vamos lá pensar...
Quantos amores já conhecemos e vivemos nós assim?