Quando um ciclo se fecha, um objetivo se alcança e a nossa maior meta foi alcançada, “E Agora”?
Foi esta a questão que um grande amigo me colocou em mais um serão de café, que tanto gosto.
As janelas são outras e entraremos num mundo de portas fechadas com a ânsia de serem descobertas.Um espaço onde as cores primárias darão lugar ao amontoado de sépias que fomos acumulando com o passar dos tempos.
Quando temos tudo o que queremos da maneira que desejamos, o que mais nos falta? Porque mais viveremos?
E a resposta é tão simples: agora, vive.
Agora sente tudo aquilo que as sementes que plantaste criaram. Agora é a hora de colher os frutos, beber das raízes, abraçar os tempos livres, e de todos aqueles que estejam mortos, fazê-los viver.
O “Agora” é o tempo mais importante para ser fervoroso, para nos fazer engolir em seco com uma enorme sensação de dever cumprido. É tempo de sacudir a poeira das mãos, arregaçar as mangas e sentir, tocar, gritar pelo mundo o sabor da nossa vitória.
O “agora” não é um momento, é um tempo que todos os dias teima em chegar.
É o voar mais alto de todos os nossos sonhos e é quando lá chegamos que pouco mais interessa senão sentir.
“Agora” é o pretérito perfeito do nosso segundo mais bonito. Tocável no ciclo certo, palpável no momento ideal.
Não há previsão possível para o nosso ponto, tantas e tantas vezes ele tarda em chegar ou não é sequer tão assertivo como deveria. Mas chega, mas existe, mas é nosso - Mas é o melhor inicio desta montanha russa de que é feita a vida.
Moldável à pele, palpável pela mente.
É o tempo onde eternizaremos cada tom de pele com que nos cruzámos, cada linha que traçámos, cada página que escrevemos e onde encontramos a capacidade de encerrar tantos livros que já completámos. São todos os dias da nossa vida, mesmo aqueles que por vezes custem mais a passar.
O "Agora" é o momento de entendermos que somos nós a nossa melhor forma de viver.