Uma heroína dos tempos modernos

domingo, março 01, 2015

Mais do que palavras, são gestos.
São gestos de bondade, amizade, carinho, amor e ternura que tem para connosco, dia após dia.
É o que o mundo de melhor me mostrou, é uma força da natureza para lá de tudo o que a humanidade conhecera.
É a avó heroína, é a mãe exemplar, é a amiga a tempo-inteiro.
É o protótipo do coração no corpo todo, por vezes penso que o único órgão que tem em si é mesmo o coração, e que este a bombeia de vida, paz e felicidade para entregar aos que a rodeiam.
Orgulho-me tanto de cada passo que dá, de cada vitória sucessiva que tem, da luta constante, da super-mulher, da mega-tudo-e-mais-alguma-coisa que é.
Muito do que tenho a si o devo, e não falo de material, falo da vontade de seguir, talvez do coração na boca que tantas vezes me atraiçoa, mas que tanto de bom também já me proporcionou.
Posso dizer-lhe sem grandes dificuldades que é a pessoa de quem tenho mais medo de perder, não porque esteja para acontecer, como tantas vezes estúpida e irritantemente diz, mas porque é a pessoa que eu menos me consigo imaginar sem.
É a minha solução em tudo, a última palavra, é o ombro nos momentos de tristeza e a grande gargalhada nas alegrias. É a que vive tudo tão intensamente que sei que cada coisa que eu conquiste, para si, é uma vitória e, fundamentalmente, é quem tem mão na minha querida mãe que, graças a Deus, sempre lhe deu ouvidos.
Para mim é a melhor do mundo, qual Mandela, qual Papa Francisco, se ambos a conhecessem, ficariam boquiabertos com a sua audácia e rapidez ao dar a volta a todos os problemas e dilemas que em tentativas falhadas a enfrentam.
Recentemente, esteve presente num dos momentos mais marcantes da minha vida académica e, adivinhe só, armou-se de tal modo em espertinha que me pôs a chorar do inicio ao fim da cerimónia de tão bonitas palavras que me dedicou, que honra! Que honra ser sua neta, que prazer imenso que a vida me proporciona por tê-la conhecido e privado tanto e tão profundamente consigo! Que bom que é saber das suas histórias de quase-amor, porque eles quase-morriam de amor por si. Que sensação maravilhosa saber que o gosto pela escrita, a paixão pela vida, e até mesmo possivelmente a alegria natural que me caracteriza tenha vindo toda de si (e vá, talvez esta barriguinha que infelizmente nunca me largou, confesso que acho que a herdei de si, mas se assim foi posso tentar considerá-la sexy).
Hoje escrevo-lhe porque gosto de falar de si, gosto de falar para si, contar-lhe os meus segredos, passar horas e horas a divagar sobre o meu futuro neste país sem garantias mas cheio de sonhos da estudantina.
Sonhos que me enchem de alegria, sonhos de amores perfeitos e do emprego ideal, sonho de ter uma casa onde possa recebê-la nas melhores condições (prometo que com uma secretária para as suas escrituras e uma boa rede de Internet para estar sempre a par de todos os acontecimentos como gosta), sonho de poder aprender e beber tudo o que me puder dar, e saber que sente que tem aqui alguém que a ama tanto mas tanto, que nem sabe como o dizer, em palavras, algo que faça jus a tamanha intensidade.
É isso mesmo, encontrei a definição. Para si não há palavras, ou melhor, até poderão haver, mas nunca serão suficientes para a pessoa que é. Nem o poder da palavra, o dom da transmissão da mensagem escrita pelo melhor poeta seria suficiente para o gigante ser humano que é.
Sou para sempre a sua mais fiel seguidora, admiro-a e tudo o que quero é um dia chegar-lhe aos calcanhares - a si e àquilo que nos faz sentir a todos nós, por termos a sorte de a ter na nossa vida.
Amo-a com todo o amor que tenho para a amar.
Beijinho grande, minha bebé.








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