Natal sem brilhantes

terça-feira, dezembro 15, 2015


Venho-vos falar na magia do Natal.

Escolhi fazê-lo na primeira pessoa, pois considero-me neste momento um exemplo do que é o brilhante parar de irradiar, mas mesmo assim tudo ser iluminado pela altura que se trata.

Para mim, Natal sempre foi família, casa cheia de emoção, risos e troca de histórias que se passaram ao longo do ano.

Uma lareira acesa ao fundo e um peru no centro da mesa para dar entrada a um “bacalhau com todos”.

Os presentes sempre foram secundários mas existem, nem que seja um postalinho com as palavras certas.

 A felicidade sempre foi a nossa chave de entrada no dia 25 de Dezembro.

Todos tínhamos um propósito – a família. A reunião. O amor. A paz que sentimos por sermos uns dos outros e podermos partilhar aquele momento de entrega que sempre se guardou para a prosperidade.

Mas este ano perdemos uma peça fundamental. Quase como perder o menino Jesus no presépio, entre o meio do musgo artificial e não mais o encontrarmos.

A minha mãe. Perdi a minha mãe. A 10 dias deste Natal. Faleceu no outro lado do mundo na busca dum emprego digno e que nos trouxesse alguma qualidade de vida.

A minha família está feita num monopólio sem peões, os dados já não rodam e carta nenhuma tem valor.

Dava tudo para tê-la como o meu presente. Trocar o peru e o bacalhau e as habituais lembrançazinhas pela sua saúde eterna.

A família não se escolhe, mas preservá-la, ama-la, respeitá-la e mantê-la depende de nós.

Aproveitem os vossos, olhem para o lado, valorizem sorrisos, quebrem guerras, comprem paz e ofereçam o vosso melhor lado com todo o vosso coração.

A vida é tão efémera que cada momento é uma dádiva.

Levem os vossos a sentir a força do mar e das ondas a bater nas rochas, subam as montanhas até aos picos mais altos para respirar o que de mais puro podemos ter. Sintam, sintam-se, abracem-se e nunca em tempo algum percam tempo de qualidade com as vossas verdadeiras prioridades.

Feliz Natal a todos e que o vosso centro de mesa e a vossa árvore esteja coberta de sorrisos embrulhados, abraços embutidos e gargalhadas para partilhar.

Afinal… o que é a nossa vida, sem aqueles que realmente amamos?

O tempo não pára, não volta e não dá tréguas, nunca desejem sentir vontade de voltar no tempo.


O momento é agora.




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2 comentários

  1. Sábias palavras para alguém tão jovem. Lindos sentimentos mas de ti só se pode esperar que assim seja. Feliz Natal minha linda eu sei que não vai ser fácil. Beijinhos grandes.

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  2. muito obrigada! estou-lhe muito grata pelas suas palavras
    grande beijinho

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